- Soaram as vozes do arruído pela praia, ouvindo todos bradar que matavam o Presidente.E assim como viúva que dívidas não tinha, como se lhe estas ficassem em lugar de marido, se moveram todos com mão armada, correndo à pressa para onde diziam que se fazia isto, para lhe darem a vida e livrá-lo de morte.Álvaro Pais não parava de ir para lá, bradando a todos: acudamos ao Presidente, amigos, acudamos ao Presidente , que o afogam sem porquê!A gente começou a juntar-se a ele, e era tanta que era estranha cousa de ver. Não cabiam nas areias e atravessavam lugares escusos, desejando cada um ser o primeiro a salvar o coiso. E, perguntando uns aos outros quem afogava o Sans Payo , não faltava quem respondesse que o afogava .o conde-barão, por mandado da dívida.E por vontade de Deus, todos feitos de um só coração com vontade de o vingar, quando chegaram às areias molhadas da Luz, que tinham sido afogadas antes que chegassem, com medonhas palavras começaram a dizer:- Onde afogam o coiso? Que é do coiso que tem mais vida além da dívida?Quem afogou na dívida estas areias?Ali ouviam-se brados de diversas maneiras.Tais havia que certificavam que o coiso era morto, pois as areias estavam afogadas, dizendo que as secassem para entrar dentro delas, é veriam que era do coiso, ou que cousa era aquela.Alguns bradavam por lenha e que viesse lume para porem fogo ao mar.......
Nesta maçada
de a vida viver
sem prada
e morrer
levando porrada
numa mistela de destino
que é o bravo mar
sem tino
que ao amar
afoga menino
Ser Poeta?
é dívida ou dever
Que Peta
a vida não é prazer
e ser Pateta
é ser Poeta não
é ser Profeta
sem coração
agora
é hora
do povo herege dar o fora
Para Mato grosso sem demora
se em valado
sois sabedoria
e se cagado
sois aleivosia
sem apogeu
e sem nada de seu
agora
é hora
de dar o salto?
e tomar o phoder d’assalto?
que doçura
violenta a calma
que tesura
das balas na alma
estriada
na bala lançada
em lágrima de chumbo quente
na massa dormente
que se amassa
qual torrente
em toda a praça
é hora?
agora?
de lançar a metralha
sobre a terra
de criar densa mortalha
ao som da guerra
que em nós
grita e berra
esmagai os avós
que nos cobrem
com desencanto
e fúrias descobrem
qual pai de santo
que da usura
teceu seu manto
e da gente burra
tirou seu sustento
momento a momento
na feira
ou na jeira
da lira portento
e o vosso canto
é acalanto
de misérias alheias
ao pilhar sem peias…..
é hora?
agora?
quis o Tejo
afogar a dor
e num beijo
de aquoso ardor
deu à morte rigor?
e à miséria amor?
é hora?
agora?
ou inda demora?
um pseudo-literário blog vai ver se estou na esquina e Camões foi... e eu estava
duminică, 11 august 2013
NUM PAÍS FELIZ POR SER PETIZ E SER INFELIZ POR METER O NARIZ ONDE NÃO É CHAMADO SÓ CORNO MANSO MORRE AFOGADO
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