NOS VERSOS QUE A TERRA TOMBANDO TOMEM
EM TODAS AS AGRURAS QUE AS VIDAS COMEM
NENHUMA PAZ NOS DIZ QUE APRAZ AO HOMEM
CANTAR OS CONCHEGOS QUE NOS TEMPOS SOMEM
NENHUMA DOR ME DIZ AINDA QUE SOU HOMEM
NENHUMA PAZ ME DIZ QUE JÁ SOU TERRA
E ANTES QUE OS VIDROS DE MEUS OLHOS TOMEM
A CÔR DO MAR, DOS CAMPOS E DA SERRA
FOGE DE MIM! NÃO VOLTES PRIMAVERA
PREFIRO À TUA SÊDA OS GALHOS TORTOS
ONDE A TRISTEZA AO MENOS É SINCERA
FOGE DE MIM! NÃO VOLTES PRIMAVERA
QUE A TUA FESTA FOI ROUBADA AOS MORTOS
ÁGUEDA É O PAÍS: NÃO HÁ RINCÃO NO MUNDO
COMO ESTE, PARA AMAR E QUERER BEM
TIVESSES CORAÇÃO COMO ELE TEM
PRIMAVERA DE IGNÓBIL CHÃO FECUNDO
PARA QUÊ SORRIR AO MUNDO
A QUE NUNCA PERTENCEMOS?
PARA QUÊ BARCOS E REMOS
QUANDO O LAGO NÃO É FUNDO?
E PARA QUÊ ESTE GRITO
QUE NOS SAI DO PENSAMENTO?
AH PARA QUÊ O INFINITO
QUANDO O QUE MORRE É TÃO LENTO?
NESTE MUNDO DE DOIS MIL E ONZE
MAS INDA TEMPOS VIRÃO
QUE VIVENDO EM DOR EM DOUZE
SEM LIBERDADE SE DIRÁ ENTÃO
QUE SE VIVEU EM TREUZE EM VÃO
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